Buenos Dias, Cacilda! Histórias reais de uma imaginação caipira. Domingo, 16 de dezembro de 2012. Pega esse copo vazio pra sua vó, por favor. Senta aqui do lado e escuta uma coisa. Observando com aqueles olhos bem abertos, o pequeno Cosme vê passo a passo sua vó vagarosamente buscar ao lado de sua cadeira de balanço uma garrafa de gin. Era engraçado como aquele trem que a vovó tomava tinha aparência de água, mas cheiro de gasolina. Você tá prestando atenção? Tô sim, vó.

Sábado, 30 de janeiro de 2010. Foi quando descobriram o porquê da pedra sangrar que o alvoroço ficou ainda maior. A cidade era pequena e qualquer coisa era capaz de virar motivo de converseiro só pela vontade de romper com toda aquela calmaria mole.

É proibida a entrada a quem não andar espantado de existir. Sábado, 24 de março de 2012. De quem compartilha um sonho. Quarta-feira, 28 de dezembro de 2011. Seu colo cura todo calo. Seu colo cai do céu. No canto de um quarto. Sábado, 26 de novembro de 2011. Do que sua alma usava. Já não cabia mais em si. Segunda-feira, 3 de outubro de 2011. Que às vezes não é preciso ver o sangue. Domingo, 25 de setembro de 2011. Como levava a sua vida.

Noites e pensamentos de uma moça. Segunda-feira, 5 de dezembro de 2011. Tentei pensar para escrever, juro que tentei. Mas assim, sem certezas, sem incertezas, sem lágrimas e velas me falta um pouco o que dizer. Eu poderia dizer que ano já se foi, e por aí vem muita expectativa, mas não é o que sinto, nem mesmo o que quero sentir. Cansei daquela história de que o fim justifica os meios, mas que meios? Os meios são o fim afinal. Embora sem certeza alguma de nada dessas palavras eu sei que ele está por mim .