Parecem pormenores escusados, superfluidades, vocalizações melismáticas, artifícios ornamentais de um canto plano que sonha com asas de música plena. O azul dos meus olhos. Quarta-feira, 22 de setembro de 2010. O que muito me confunde. É que no fundo de mim estou eu. E no fundo de mim estou eu. Sei que não sou sem fim. E sou feito de um mundo imenso. Que não é feito de mim.

16 de nov de 2010. 12 de jul de 2010. E a paz acabará em nossas vidas. Mas não é isso que a gente quer? 11 de jun de 2010. Simples como folhear um bom livro. Surpresa calma de acaso bem gasto. Sensação dúbia de desejo de encontro. Solidão gostosa de um dia certo de chuva. 23 de mai de 2010. Do pos te à l ama.

Quinta-feira, 24 de abril de 2014. Da tempestade e da bonança. E ao parar e fitar o horizonte naquela tarde de garoa fina, ela subitamente compreendeu a finalização e o encerramento que se lhe apresentavam adiante. Mais um ciclo de tempestades havia chegado ao fim. E a calmaria espelhada no movimento das gotas finas que caíam do céu emolduravam a dinâmica dos próximos dias. Era na tempestade que criava e que fazia o ser tornar-se, após o mergulho no olho do furacão, a introspecção.

Há um certo Erico Verissimo que me emociona cada vez mais. É que estou com saudades. A casa das sete mulheres - Letícia Wierchowzki. Fogo Morto - José Lins do Rego. Incidente em Antares - Erico Verissimo. Jane Eyre - Charlote Brontë. Madame Bovary - Gustave Flaubert. Mar morto - Jorge Amado. Memórias póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis. Moleque Amaro levado do diabo - Gamaliel Borges Pinheiro.

Escreve-se, repete-se, cria-se, cita-se. Sexta-feira, 29 de junho de 2012. É que estou com saudades. E é por isso que eu tenho mais saudades. Para usar todas as vezes.