Segunda-feira, 30 de maio de 2011. Declaro aberta a temporada de caça. Depois de tentar com tanta força ser alguma outra coisa, eu descobri que só precisava ser eu mesmo. Não pros outros, mas pra mim. E que eu precisava me bastar. Eu como sujeito ativo e único responsável pela minha felicidade. E sem todo aquele velho teatro, toda maquiagem, todo jogo de sombra e luz e enganação, eu me vi. Eu vi o que tinha perdido a muito tempo. A vida é curta e eu tenho pressa. Alguém tem uma lanterna? .

Segunda-feira, 14 de maio de 2012. Essa compulsão, megalomania Pela totalidade. Já deu ferida funda às cidades Da agonia. Voam céus sobre cabeças Que traspassam avenidas Correntezas, dia-a-dia, multidões de formigas. Os céus notam? Não tem tempo pros disparates Dessa gente sem poesia. Qual festim do pecado primeiro, Engana-nos por inteiro e faz morrer a saudade, o desterro.

Deixe que o som das palavras acendam a chama da alma. Segunda-feira, 30 de agosto de 2010. No raiar da tarde sopre o vento. No meu pescoço sopre o hálito quente que sai da tua boca. Que me faz esquecer tudo e todos. E tudo e todos se resumem ao que a gente sente. Pra quem a gente mente a verdade ta na cara. Ta na pele e não se fala em horário quando o vento sopra. Não se fala quando as bocas se encontram. E não se encontra enquanto os olhos se perdem. Quando se perdem em nós mesmos.