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Sábado, 10 de janeiro de 2009. Quinta-feira, 4 de dezembro de 2008. Novembro acabou e eu também. O tempo tem passado rápido demais, e eu ando cansando junto com ele. O caso é que passa, mas parece que não acaba nunca! Por que dezembro não termina logo? Cansei desse infinito em pé. Domingo, 23 de novembro de 2008. Você me ligou ontem? Eu só lembrei hoje. O que nós falamos? Eu ria do quê? Aí você falava algumas coisas que eu não entendia porque você falava mole, e só.
Quarta-feira, 22 de dezembro de 2010. Domingo, 9 de maio de 2010. O que entra pela janela é delírio. Esse feixe de luz invadindo a sala, clareando tudo. E o meu risco de semi luz resistindo a essa claridade me cega, me doma, me deixa sem ação. Houve uma época em que as pessoas eram felizes. Houve uma época em que as pessoas tinham coração. Expurga de mim essa dor. Só te tirando o coração. Tanta gente já não o tem, que diferença faz? Devolve aqui meu coração.
Terça-feira, 15 de janeiro de 2008. Quinta-feira, 22 de novembro de 2007. É como se matasse as saudades que tem de mim com as próprias lembranças. Segunda-feira, 19 de novembro de 2007. Abe, eu cansei de esperar o amor e continuar sozinha. Andar sozinha, tomar banho sozinha, dormir, comer, observar, rir, assistir tv, ouvir música, VIVER e estar vazia. As vezes esqueço como é dormir. O maior problema nisso tudo é que não houve um b.
Domingo, 5 de abril de 2015. Te encontrei em um dia quente, quase como aqueles de verão. Eu te encontrei ou você me achou? Não sei, talvez um pouco dos dois. Há semanas discutíamos tudo; sexo, amor, religião, você com suas historias longas e eu com minhas respostas complicadas. Havíamos deixado tanto e tão pouco para a imaginação. E então, juntos, continuamos separados. Corpos se uniam, mas não se fundiam. As lacunas eram preenchidas por silêncio. Eu ali, você aqui, e ambos distantes.