Quarta-feira, 22 de abril de 2015. Às vezes eu faço as somas erradas. Especialmente se a conta envolver tempo e sentimento. É que eu penso em proporção e às vezes não é. Eu penso, por exemplo, que o tempo passando nos torna uma adição. São mais momentos, são mais experiências, são mais exemplos de como a maturidade nos transforma. E o tempo me dá cada vez menos deles. O que fazer com acertos? Qual é o sinal que uso? .

Abril 29, 2015 in Uncategorized. Inventamos a linguagem da distância. A fala grave da distância. No que diz o vento. De cobrir os olhos da falta. Para que ela nunca nos olhe. Abril 22, 2015 in Uncategorized. A forma como tua foto. Vai ficando cada vez mais abaixo. Onde havia o amor de uma vida. Não são como minha voz.

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Por fora, uma mulher comum. Dela dirão, um dia, que foi a moderna escrava de classe média. Que obrava como um Jó, mas era dura de dar dó e se iludia que isso era apenas um estado passageiro - tanto a penúria quanto o pesado fardo. Que sentia mais falta, às vezes, dos livros que as pessoas. Que queria ser santa, mas na primeira vez que riram da ideia, desistiu. Dela dirão que era modesta, humana e sensível.

Terça-feira, 31 de julho de 2012. UM TARÂNTULA NO NINHO DOS POETAS. Só tem copo descartável, diz o garçom com aura de poeta. No primeiro gole, desisto. Não tem gelo, diz o barman, agora com mais aura de garçom do que de poeta. Fazer o quê? Por que me persegues? Por que não me dissestes que eu nasceria para a morte? Nunca v.

Sábado, 20 de junho de 2015. E a Esquina está calada. Brant não mora mais aqui! Repousa em nossos corações. Quinta-feira, 11 de junho de 2015. O colo das pétalas macias. A noite veste a lua. Sábado, 16 de maio de 2015.