Sábado, 19 de junho de 2010. Eu só não quero ter o desprazer de despir-me de toda minha insanidade. Terça-feira, 15 de junho de 2010. Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Não acaba nunca, e pronto.

Mas o amor que eu sinto não pode ser medido. A menos que tais medidas sejam estrondosas e exageradas, grandiosas e incontáveis em expansão. As palavras são poucas, mas tudo aqui dentro segue sendo farto, mesa posta, coisas boas. Quem diria, meu bem, naqueles inícios tão improváveis, que a vida ia ser assim de bonita? Não consigo imaginar qualquer outra possibilidade distinta, só de pensar o mundo já se converte em pura desgraça.

Tenta te orientar pelo calendário das flores, esquece, por um momento os números, a semana, o dia do teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveita, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento. Sexta-feira, 31 de julho de 2015. Sexta-feira, 24 de abril de 2015. Terça-feira, 24 de março de 2015.

Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente,. E não a gente a ele. Eu pensei em dizer tanta coisa, mas pra quê se eu tenho a música? Falar é complicado, quero uma canção. Segunda-feira, 19 de janeiro de 2015. Saber a cor exata do brilho que sai deles. A cor de mar que me fascina, que eu adoro olhar. A cor que muda com o sol. Levá-la para passear por aí, conhecer a cidade.

Sábado, 7 de agosto de 2010. Segunda-feira, 21 de junho de 2010. Os dogmas assustam como trovões. E que medo de errar a sequência dos ritos! Deus é mais simples do que as religiões. Terça-feira, 12 de janeiro de 2010. Lá bem do alto do décimo segundo andar do ano. Vive uma louca chamada Esperança. E ela pensa que quando todas as sirenas.

e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez, outra vez, outra vez. Sempre fico deprimido no Natal. É que tiro o dia pra refletir sobre o quão rápido corre o tempo. E é triste perceber que a juventude material se esvai pouco a pouco. Não fosse a juventude que trago em meus atos e memórias, talvez já não acreditasse tanto no espírito natalino. Sou o que fui e não o que serei. Quem no auge dos seus 20 aninhos ainda se deixa enganar por histórias tão sinceras? O calendário to.

Achados e perdidos, aqui. 8 de julho de 2010. E eu que não queria falar sobre mim nesse blog. A maldade está nos olhos de quem vê. Eu já não me importo mais tanto com o que os outros vêem. 18 de junho de 2010.

Domingo, 19 de agosto de 2012. Segurava tua mão, macia e carinhosa, enquanto me enebriava no cheiro dos teus cabelos ruivos. Quarta-feira, 30 de novembro de 2011.