Porque há palavras que deviam chegar ao outro lado do Mundo. Sexta-feira, 16 de julho de 2010. Lá porque não sabemos, não quer dizer que não venhamos a saber. E é assim que passamos trinta minutos a poucos metros de Alex. Mas a cada palavra, a cada pausa marcada por um baixar de cabeça que se esconde numa mão onde treme o dedo mindinho, descobrimos um novo espaço, outro parágrafo desta história que nos vai sendo revelada. Que deixa de ser, uma Lucy.

will always find its way. É como quem diz um facto. É como quem diz uma máxima. Este é o ano em que lá fiz resoluções de ano novo. E claro, a maior de todas e mais importante ocorre-me até ao olhar ali para a barra lateral e reler. É como quem diz um recomeço. É como quem diz uma verdade.

Sexta-feira, 30 de julho de 2010. Sexta-feira, julho 30, 2010. Quinta-feira, 29 de julho de 2010. Primeiro instalam-se como parasitas insignificantes, depois, como seres corrosivos, alastram-se. Poderosos laços são quebrados de forma cortante e fria. E ao arderem lançam-me à cara de forma cruel todas as memórias, lembrando-me do meu estado demente. Sabes do que mais gosto? .

Segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015. Lisboa, em tempo incerto. Tu que nunca me ouves,. Já faz tempo que não te via. Nem sequer uma simples imaginação da tua imagem. Tenho vindo a sentir a tua falta. Falta do que me fazes sempre sentir. Falta que provoques em mim a tal sensação incontornável de ansiar desesperadamente por te ter. Mas sempre que isso acontece, eu teimo ainda mais em correr, simplesmente, para as agarrar.

Houve um dia em que o cinzento atmosférico deu lugar a um banho de luz de fazer inveja. Pela primeira vez consegui olhar para o céu de Liverpool, além do espesso manto de nuvens que lá paira habitualmente. E além da nuvens, um tráfego aéreo muito movimentado. Às 857 chega o meu comboio. Espera-me cerca de 15 minutos de viagem até Liverpool Central e depois mais 20 a pé até ao trabalho.