Segunda-feira, 23 de julho de 2012. Era uma vez um país muito distante. Ou melhor, onde não havia governabilidade. Bem que tentaram colocar alguma anomalia política para tentar afagar os ânimos dos rebeldes presos nos corações. Era uma vez, dois. Dois porque isso já basta para ter-se a necessidade de um governo. E basta ter dois mais um para não se ter. Cada vez que colocavamos o nosso amor acima de tudo e de todos, pareciamos transp.

Quarta-feira, 10 de outubro de 2012. Só faltou você entender que tudo era amor. Mas os verbos mudaram, meu querido. Hoje não se sabe o que foi feito. Terça-feira, 9 de outubro de 2012.

Quarta-feira, 6 de julho de 2011. Já senti que algo de novo estava vindo. O silêncio vem como o primeiro cigarro da manhã, sem culpa ou gesto. Milhões de vícios acabam diluindo meus dedos e sexo em algo comum que vai além da alegria mais simples. De tão secos meus olhos começam a suar, os poros florescem feito margaridas de tanto ardor, me devolvendo ao berço para o qual fugi. Na minha roupa fica o cheiro de quem eu nem mais lembro tanto e a saudade do último trago.