e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez, outra vez, outra vez. Sempre fico deprimido no Natal. É que tiro o dia pra refletir sobre o quão rápido corre o tempo. E é triste perceber que a juventude material se esvai pouco a pouco. Não fosse a juventude que trago em meus atos e memórias, talvez já não acreditasse tanto no espírito natalino. Sou o que fui e não o que serei. Quem no auge dos seus 20 aninhos ainda se deixa enganar por histórias tão sinceras? O calendário to.

O que se vê pelas minhas janelas. Segunda-feira, 21 de outubro de 2013. Estamos separados por dois sofás. Ela abre a voz com um olhar similar ao de quem passa a confundir a rua mais habitual. E me fala de um vazio, inominável. Não se refere ao seio parcialmente existente. O meu corpo, magro, segue com suas proporções corretas. O vazio que ele reveste deve ter algum seio mutilado que a minha jovialidade. Porque ver a vida se movendo. Enche a gente de graça.

Segunda-feira, 7 de junho de 2010. Para dar saudade à solidão. Porquê a vida queima em meu ser. Pela beleza singela da sinceridade. Cor que talvez não exista, mas adoça. Realmente a gente não se bate,. A gente não se emenda. A gente na verdade meu bem, nem tenta. Eu não sou a mesma,. Porque hoje sei que nunca pude estar ali. Eu não lhe amo mais,. Porque talvez eu nunca soubesse. Porque já não há nada em mim.

Segunda-feira, 21 de julho de 2008. Fui ali na Golden ver se tinha.