Quero que a volta demore menos. Batem à porta estende uma estrada. O chão querendo escapar o pó dos meus pés. A sombra a poeira cobrindo a varanda. A voz tem altura eu não alcanço. É tão rara e preciosa. Me olha de cima e não me perde. Me vê um caminho uma andança. Com porte, a consciência. O mastro do bote sua coluna vertebral. Pendia o pescoço e sussurrava sonho. O descanso à cabeça vivia próximo do céu. Construía nuvens com as mãos.

Ou Como Alcançar a Falência em Oitenta Passos Rápidos. 10 de novembro de 2012. Falam sobre o fim do mundo como se fosse ser algo muito espalhafatoso e até rápido. Deu meia-noite do 21 do doze, e em vinte e quatro horas não sobrou mais nada. Acho que se o mundo fosse acabar, ele já estaria acabando há muito tempo. Muitos por aí dizem que já estamos morrendo quando acabamos de nascer, todo dia se morre um pouco. Todo dia ele acaba um pouco. E por que não? .

8220;- Era belo, áspero, intratável. Se não a vida o próprio deus engano. Se não são paulo sem cortinas. Suspensas por cortes de concreto e corpo. Se não o último e desluzido cinza. Uma nuvem que não se preocupa. Foi sua mão no batente. Um chapáu, um gato. Se a vida não sou eu não conseguir parar.

Anita, que riu quarenta e oito horas sem parar. Anita riu por quarenta e oito horas sem parar, sua barriga valvulou-se com uma irmandade de ar que lhe ofegava, e as vezes engasgava, mal lembra já o porque do formigante eflúvio, Anita rechonchuda e vermelhosa, por horas é um grunhido de hiena, um halito de gagueira, e ela não sabe como parar, quem há de ouvir no seu riso um espectro de choro desesperado? Pensou Anita.