Um local tranquilo onde os raios de lua, feitos palavras, lançam feitiços e enxugam lágrimas. Quarta-feira, março 28, 2018. Calei a manhã que nascia, no olhar. Esfumei as brumas do desejo na aragem. Que do poente se levanta, breve, doce,. Como caricia de flores, de folhagem,. De rosas escondidas em outono precoce. Calei a mágoa vazia que crescia, a torturar. Toquei o infinito, a eternidade que dura um momento,. Que tem forma de água e alma de vento,. A dor que verga, o vazio que preench.

Fecha a porta, apaga as luzes. Cabe-me então a mim a tarefa de fechar a porta. Bem sei como me é difícil fazê-lo. Um misto de emoções perpassa-me o pensamento. Se por um lado me sinto aliviada, bem sei como foi difícil escrever neste blog, com um público tão exigente como atento, tão interessado como crítico.

Janela fechada, luz apagada, ponto de solidão. Quarta-feira, 23 de maio de 2012. Não quero parecer para você àquela pessoa que caminhou sem olhar para trás. Olhei, muitas vezes por uma fresta na porta, que mostrava você sentado, quieto, arrumando seu mundo em apostilas. Não ouso mostrar-me nua, assim, pra que me veja tão desprovida da magia que te encantou. Lembra-se da lingerie preta que me escondia? Mas o tempo, este sim, dirá à nossa certeza como podemos ir e voltar em segundos.