Terça-feira, 12 de fevereiro de 2013. Eu não sou daquele tipo. Dos que falam quando sentem. Que fazem sempre que têm vontade. Que não param pra pensar. Mas e se eu fosse? Se eu tivesse te beijado quando tive a oportunidade? Se eu não esperasse seja lá o que for. Se eu tivesse te dito quando me dei conta do que significa tudo o que eu sinto? Se eu não pensasse em cada maldita consequência. Quem sabe? Porque no final das contas. Eu não sou desse tipo. Eu não sou o seu tipo.

A poesia é o resultado de um naufrágio à nossa própria alma, resultado de um sonho que tropeça e cai numa terra livre, pois, afinal de contas, o sonhar é talvez a última liberdade que nos resta. Quinta-feira, 28 de abril de 2011.

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Segunda-feira, 14 de dezembro de 2009. As palavras podem , e certamente irão, se perder no espaço que existe entre os dias, meses e anos. Tudo que restar é o que importa. Tudo que se sente importa. Existem mudanças que não possuem o poder de mudar sentimentos antigos, pois estes, ao contrario das palavras, estiveram, estão e estarão sempre fadados a existir.

Tudo isso é só um amontoado de letras. Não teríamos nos dado tão bem assim se não fosse por aquele orégano no dente. Naquele dia ele assistiu o nascer do sol com a mesma emoção de sua infância. Em sua garganta o nó de ter de aportar mais uma vez. Suas lágrimas haviam sido secas e salgadas, mas naquela manhã de muitas nuvens ele chorou como a criança que tinha feito questão de deixar de ser. As paredes já havia tempos não eram mais a mesma pureza.