Domingo, 3 de junho de 2012. Me deparei finalmente com uma folha em branco e gelei. Não sabia o que encontraria depois de tanto tempo longe. Há 4 anos decidi não tentar fazer descoberta alguma. Aceitar os percalços como derrotas definitivas. E me dei bem até certo momento. Até encontrar essa maldita folha em branco pra me empurrar de volta coisas que mandei ao inferno. Sempre mantive o sentimento de culpa longe. E acho que ainda é assim. A maioria dos antigos costumes envelheceram comigo.

Abre-te, janela, e assim poderemos espiar. De repente abre-se uma janelinha inesperada numa alma, a gente espia para dentro, mesmo sem querer, e o que vê nos surpreende, dando-nos uma visão diferente desse ser. Conhecer, poder, ter. Então, corremos ao alcance de tudo conhecer. Buscamos livros, filmes, peças, quadros, cidades, países, ruas. Conhecer torna-se um fim em si mesmo. Talvez, um dia, cairemos do cavalo. E então? Mais uma vez, a nossa limitação e incapacidade de admi.