Sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016. Vive de maneira que a alma. Se vá suavemente de ti. Quando te lembrares respira fundo. Sustém um pouco o ar. Assim terás dentro de ti o mundo. Mesmo que seja sem pensar. Antes de flertar com a realidade. São eles que te edificarão. Se te incomoda o parolar ao redor. Deixe os oceanos da mente marulhar. E se há coisas a tua volta. Feche os olhos e peça as sombras.

Tudo que eu quero é dizer que não quero tudo. poesia, azia, o sonrisal derretendo como um poema belo de leminski. a taça de beber o saber, e saber o sabor do saber. eu quero ficar velho e depois morrer, e nada de antes. Enquanto chovem balas no morro. Dionísio mistura na sua panela. O guisado de um sonho. De um autor triste e vencido.

É um trabalho duro e sofre-se muito. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido. Quarta-feira, 1 de abril de 2015. E a minha tia, que era um pouco surda, vinha a correr e nada. Era eu escondida na sala à espera que a minha tia passasse e buu, 1 de.

Quarta-feira, 15 de julho de 2015. Sobre poesia contemporânea, com ênfase no caso brasileiro. Cartas a Um Jovem Poeta é a compilação das dez cartas que Rainer Maria Rilke endereçou, no período de 1903 a 1908, a um jovem aspirante a poeta. Nelas Rilke discute a natureza da poesia e daquele que dela se ocupa, entre outras reflexões sempre agudas, serenas, cuidadosas, sobre os mais variados temas. Assinalemos, antes de tudo, a razoabilidade do trecho. A lição é simples e dign.

Terça-feira, 27 de janeiro de 2015. Na flauta de minhas próprias vértebras. Se eu tivesse força suficiente. Para negar aquilo que em mim. Transforma pó em palavra,. Deixaria cada uma de minhas páginas. Levaria adiante apenas aquele silêncio. Típico dos que alcançam o paraíso. Mas essa fraqueza que me arrasta,. Escreve para merecer a luz que. Cada um comunga com as estrelas. Se eu tivesse força suficiente,. Negaria cada um dos verbos que se.

Apesar disso, hoje o blog não quer se definir. Aqui encontram-se estranhamentos e aleluias cotidianos de um contínuo tornar-se. Domingo, 27 de julho de 2014. Para o luar negro do Morro Branco. Quem vem me beijar? Nas ondas do mar. Terça-feira, 10 de junho de 2014. Quanto de mim se desdobra nesse silêncio? Quem sabe ao certo o dia em que finalmente volta a chover um pouco, meu deus? O Nada .

Minha escrita muda tanto quanto meu pensamento. Impressiona é como alguns versos são mais resistentes que outros. Terça-feira, 27 de janeiro de 2015. Voltando após longo tempo sem passar por aqui. Vou recomeçar postando uma das antigas. Onduladas, brochura esquecida,. Rosto pálido de feição blasé,. Enluarado à paisana do tempo,. Boca palavrada de infâmia,. Língua mórbida, entrecortada,. Rasgada da sede de dizer.

Quinta-feira, 29 de dezembro de 2016. POEMA À MODA DE CISCO. Já ouvi pelo cheiro a cor. Por onde a crisálida dorme. E depois se desfaz mariposa,. Sei - quase por instinto. Com jeito de ser borboleta,. Isso que a humanidade tem. De perder tempo com números. Somas, leis, e importâncias. Melhor é fugir da canseira. Verso, poema, poesia.