Domingo, 2 de março de 2008. À noite e à chuva que cai lá fora. Da tristeza se fala sempre. Sempre que se fala de alegria. São as duas faces de uma mesma moeda, cujo nome é poesia. Por trás da alegria está a tristeza. Todo poeta é triste-alegre pra início de conversa. Não há coisa mais vistosa e controversa. A tristeza, desde que o samba é samba, é senhora. À noite e à chuva que cai lá fora. Só esqueci do seu rosto.

Terça-feira, 16 de março de 2010. Me deixa sentir os outros gostos, eu juro comer com a boca livre de pensamentos podres, juro. Quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010. Ouço o vento e as águas que o vento venta, o mar, a onda. A resistência da pedra-barreira lapidada pela força da insistência das águas pacientes. Sento na areia e espero que toda essa força discreta venha até mim. E molhando meus pés penetre minha alma. Quinta-feira, 17 de dezembro de 2009.