Qual à a sua? Um baiano em Sampa. 29 de abril de 2016. Como à reconfortante saber que deixamos amores adormecidos, mas bem vivos, em alguns anos e lugares por onde passamos. Amores que tambà m tiveram outros amores, mas que, depois de todos eles, ainda sabem que sobreviveram sentimentos lindos com sabor de eternidade. Tem amores que và o pra nunca mais. Os que ficam têm um lugar especial na vida e no coraà à o. Joga pedra na Geni! 24 de abril de 2016. Porque, olha, eu sei, vai dar merda! .

Meu nome nome é Chiara e tenho 28 anos. Chiara não é meu nome verdadeiro. Meu nome da certidão apaguei da minha vida. Quando nasci, minha mãe era amiga da vizinha e resolveu homenageá-la. Depois que abandonei a escola ninguém mais soube o verdadeiro nome. Quando fui para o supletivo já tinha conseguido uma carteira de identidade falsa. Na vizinhança quase ninguém tinha pai ou sabia quem era. Quando eu tinha 17 anos fui trabalhar com ele. Já tinha descolado o diploma.

Aqui posso escrever o que me dá vontade de gritar. Sábado, 4 de julho de 2009. Morto e estirado em meio a cidade, mas quase ninguém o percebe. Dizem que era bonito e alegre, quando vivo. Corria por quilômetros - incansável - e fazia a alegia de muitos. Frequentemente ele perdia o controle e transbordava em lágrimas - escuras e espessas. Não suportava mais viver assim. Ou melhor, foi morto. Triste sina e triste cena.

Quaisquer semelhanças com pessoas ou situações terão sido mera coincidência. Na Boca do Lobo Mau-Renatinha.