Devaneios de um peregrino da palavra. Quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013. Nos dois lados da vida. Desatino guardado a sete chaves. Na arca repleta da angústia. Na praia infinita do coração das coisas. De que sou repleto quando a espera canta. A garganta do universo grita o profundo. O mundo é um hino. Acabado de chegar ao aqui e agora. Sem demora tudo se perde. E não deixa mais que espuma breve nos rebordos da sede.

Fazem-nos e desfazem-nos, fora de nós e dentro dos outros, também máscaras que nos fazem, por dentro. Um jogo de espelhos, a realidade social, ou o aspecto social da realidade, a sua aparência difusa, confusa, baça e densa de tão confinante, por vezes. Poderemos libertar-nos das personagens? O mergulho no infinito. Nem já a inocência das águas. Longe a verdade de Ofélia. Resplendem o que há fora.