António Manuel Couto Viana
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António Manuel Couto Viana. Lá para o fim. Já não frequento o café. Nem de subúrbio, nem de cidade. A minha vida, agora, é. Uma bengala e a saudade. Perdi interesse pela evasão. O rodear-me de nova gente. Ganhei o gosto por outro pão. Mais indicado para o meu dente. Nenhuma escrita já é memória. Já não me perco por qualquer lado. Deixei o nome na sua glória. Deixei o corpo no seu pecado. Fluía o verso. Mas, hoje, estanca. Ante uma alma de austero porte. Foi rosa rubra. É rosa branca. Dos finais do Estio,.CONTENT
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Desliga o motor, deixa só os faróis. Quietos, à beira de um descampado. De um silêncio de chuva. O escuro afrouxar alguns nós, sombras. Que não conhecemos nem vimos antes. O vinho verde deu para tudo, o ritmo. Fez o que quis de nós. A fúria que nos divertiu corrige-se. Com a manhã até uma pequena náusea. De boca entreaberta e seca. Entre todos uma difusa sensação.
E fiz a opção precoce. À de los Tigres de Martín del Castañar. Parasita de quem me deita a mão,. Fantoche presa por fios,. De quem me dá poesia. Por pão ou rosas, Salvé rainha,. Nascera eu a 19 de Maio de 1980. E poderia chamar Mário de Sá-Carneiro, meu doce irmão. Aos doze dias do mês de Junho.
Realista, sim, mas absoluta-. Que põe a imaginação a ferros,. Realista, sim, mas absoluta-. Que afunda a imaginação em esgotos.
Em vez disso está repleto. De uma estranha doçura, que aumenta. Que fica sozinha no silêncio a beber. Nas veias mais profundas se sente. A alegria que ontem foi angústia,. À luz suave do sol reaparecido brilham,. As conchas que a onda.