Tudo o que não aconteceu é perfeito. Amanhã não, por favor. Amanhã é muito longe, distante. Eu vivo é o meu eu, hoje. Porque hoje é sempre o melhor dia, sabe? Não, por favor. Rodo em círculos no caminho que escolhi. Escolho por me prender dentro do lugar em que todos querem sair. Pra me entorpecer e me esquecer da bala que arde em meu peito. Para arrancá-la de mim no estampido. O mais complicado é q.

Sexta-feira, 19 de abril de 2013. 21 anos e como ver seu amor indo embora pela janela dos fundos. E a pior parte do romance é quando o amor morre mas fica formigando dentro do seu estômago, ocupando tudo de súbito. É uma tristeza contida, que não tem lágrima nem soluço. Me pego de volta aos discos que me esperaram esse tempo todo, sem nunca nem se mexerem, fazendo o mesmo sentido que faziam há anos. Domingo, 9 de dezembro de 2012.

Domingo, 3 de agosto de 2008. Quarta-feira, 30 de julho de 2008. Tava meio sem sono, decidi que era hora de um sonho maluco. Começou no meio da Presidente Vargas, maior solzão de tarde. Do nada a rua fica vazia, vem uma velinha me perguntar as horas; respondo 3 e meia. Tento me comunicar com os portugueses em português, mas sem chance. Tento o inglês, ai dá pra me virar. Fui embora e pedi meus 10 reais de volta.

É do fim que se começa. Então, viajante, saímos agora do fim. Estamos renascendo agora neste diário novo. Você e eu, viajante. Mesmo que como uma pedra. Vamos, pegue suas coisas. Daqui pra frente só há despedidas. Sem perder nada da viagem. No ataque para ser atacado. Sua forma de ser é a própria vida emanada. Sinuoso ao visgo da vida em manada.

Penélope tocia e botava a mão na boca. Definitivamente não estava acostumada a fumar. O drink que carregava era violeta e. Prometia te deixar igual ao Bóris Iéltsin. A banda tocava muito alto. Todo aquele problema com a rapaziada mais nova. E seus cabelos pareciam pegar fogo. E suas roupas pareciam não se importar. Tinham xingamentos cravados na carne. Não era nem uma reação. Quando o balé russo começou. Minha paciência já tava fudida.

Quarta-feira, 24 de novembro de 2010. Agora estamos sofrendo com ataques da guerra entre Estado do RJ e Traficantes. Como em toda guerra, os inocentes civis são os que mais sofrem e nesta não seria diferente. Vivemos um período de ditadura, mas não a militar e sim uma ditadura paralela onde vivemos com medo e sem a certeza de ter nosso direito de ir e vir assegurado. Este sim seria o certo. Que Deus nos proteja! Links para esta postagem. Segunda-feira, 8 de novembro de 2010.